Unoesc promove palestra sobre assédio moral e sexual no trabalho
Publicado em 04/11/2025
Por Imprensa Unoesc
A Unoesc realizou, no dia 31 de outubro, uma palestra on-line sobre assédio moral e sexual no trabalho, promovida pelo setor de Recursos Humanos, em parceria com a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). A atividade contou com a participação da juíza do Trabalho, Doutora Lisiane Vieira, e do professor da Unoesc, Doutor em Direito, advogado e especialista em Direito do Trabalho, Leonardo Sanguanini.
O professor Leonardo Sanguanini contextualizou juridicamente os conceitos apresentados e explicou que o assédio moral ocorre quando há condutas repetidas que expõem alguém a situações humilhantes. Já o assédio sexual envolve vantagem ou favorecimento associado à conduta de cunho sexual. Ele reforçou que o ambiente de trabalho deve ser seguro e respeitoso.
A juíza Lisiane apresentou orientações práticas sobre situações que podem caracterizar assédio moral. Segundo ela, o contrato de trabalho prevê que o empregador possa direcionar atividades compatíveis com o cargo, sem que a variação de tarefas seja vista como assédio. No entanto, deixar alguém sem função, isolado ou “de castigo” caracteriza assédio moral, pois o trabalho exige boa-fé e dignidade. Sobre assédio e importunação sexual, destacou que cantadas, elogios insistentes ou comentários sobre aparência, mesmo quando pareçam inofensivos, podem gerar constrangimento. Lisiane citou um caso em que elogios frequentes feitos por um gestor a uma subordinada causaram desconforto, exposição e até pedido de desligamento. Também alertou para o envio de mensagens, nudes e conteúdos inadequados em grupos de trabalho, reforçando a necessidade de comunicação formal no ambiente profissional.
— É muito importante que empregado e empregador conheçam a legislação e que ações como essa de conscientização sejam promovidas com regularidade. Além disso, diante do que foi comentado, enfatizamos: no trabalho, procure usar palavras e ter comportamentos formais. Evite problemas — comentou a juíza Lisiane.
A coordenadora geral de Recursos Humanos da Unoesc, Lígia Krühs Zulian, destacou que discutir o tema é uma forma de prevenção e de orientação.
— Nosso objetivo é promover um ambiente profissional baseado em respeito e responsabilidade, no qual as pessoas se sintam seguras para trabalhar e relatar situações inadequadas — comentou Lígia.


