Estudantes da Unoesc são aprovados em doutorado sanduíche na Irlanda e em Portugal
Publicado em 18/06/2025
Por Imprensa Unoesc Chapecó

A realização do sonho de estudar fora do país ganha um novo significado quando está aliada à qualificação acadêmica e ao fortalecimento da pesquisa científica. Com esse propósito, a Unoesc celebra a aprovação de dois estudantes do Programa de Pós-graduação em Administração (PPGA) do campus de Chapecó para um doutorado sanduíche no exterior. Lucas Antônio Vargas e Anni Kellen Cunico passarão de quatro a seis meses em instituições de ensino fora do Brasil conforme regulamento do edital da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
Com destino definido, Anni para Irlanda e Lucas para Portugal, a experiência acadêmica impulsionará a projeção internacional da Unoesc, conectando a Universidade a centros de pesquisa globais e elevando sua visibilidade acadêmica, em linha com a estratégia institucional de internacionalização. Para a professora Sayonara de Fátima Teston, coordenadora de Internacionalização da Unoesc Chapecó, essa oportunidade é estratégica para conectar a Instituição a centros de excelência no exterior e ampliar a visibilidade acadêmica.
— O doutorado sanduíche proporciona uma experiência acadêmica enriquecedora ao permitir que estudantes do Stricto Sensu desenvolvam parte de seus estudos em instituições estrangeiras de excelência. Esse intercâmbio amplia horizontes, fortalece redes de colaboração e promove a troca de conhecimentos, tornando os pesquisadores mais competitivos e inovadores — avalia a professora.
Rumo à Irlanda
A doutoranda Anni Kellen Cunico inicia sua experiência internacional em setembro de 2025, na cidade de Dublin, Irlanda, com retorno previsto para fevereiro do ano seguinte. Anni investiga temas relacionados à cognição empreendedora, com foco na análise da flexibilidade cognitiva, autoeficácia empreendedora e capacidade de inovação das microcervejarias da região Sul do Brasil. A pesquisa amplia o entendimento sobre o comportamento empreendedor em pequenas e médias empresas e destaca a importância econômica e regional das microcervejarias.
Conforme a doutoranda, o Brasil é o terceiro maior produtor de cerveja do mundo, e três dos cinco estados com maior número de estabelecimentos cervejeiros estão na região Sul. Juntos, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná têm 734 cervejarias que enfrentam os desafios de empreender no Brasil e de inovar para permanecerem ativos em um mercado dinâmico e competitivo, dominado pelas grandes indústrias.
— Pretendo aproveitar esse tempo para aprofundar o estudo teórico dos temas da tese, participar de atividades acadêmicas da universidade anfitriã e estabelecer contato com outros pesquisadores. Além disso, pretendo conhecer o ecossistema das microcervejarias irlandesas para entender como a temática da inovação e do empreendedorismo é tratada por lá. Também vejo essa vivência como uma oportunidade de crescimento pessoal e cultural — destaca Anni.
Segundo ela, o processo de aprovação envolveu etapas rigorosas e foi necessário ser selecionada internamente pela Unoesc, além de obter a aprovação no edital da CAPES, com toda a documentação exigida, além do aceite de um docente estrangeiro.
— Quando recebi a notícia da aprovação e homologação final, senti alívio e muita alegria. Ao mesmo tempo, inicia uma nova etapa de ansiedade, mas agora por um motivo bom, a organização da viagem e as expectativas reais da experiência internacional — afirma.
Rumo a Portugal
Para Lucas, que também é coordenador do curso de Ciências Contábeis e professor na Instituição, o intercâmbio do doutorado sanduíche iniciará em outubro deste ano e terá a duração de quatro meses, em Portugal.
— Eu realizarei pesquisas relacionadas aos temas da minha tese, especificando empresas familiares em Lisboa. Espero obter muito conhecimento, poder vivenciar a cultura local, aprender sobre os costumes, como eles são dispostos no país e poder depois trazer um pouquinho de tudo isso para os nossos acadêmicos do curso, mas também para as pesquisas que serão futuramente publicadas em parceria com pesquisadores lá de Portugal e também com a minha orientadora aqui no Brasil — enfatiza.
Lucas, que é orientado por Ieda Margarete Oro, ressalta ainda a importância da internacionalização dentro da Unoesc no envolvimento do processo.
— Então, todo o aprendizado e os relacionamentos que são construídos nos favorecem enquanto Instituição de modo que podemos fortalecer essas parcerias e trazer professores de outras localidades para se inserir dentro da Instituição — pontua.
Perspectivas internacionais e apoio institucional
Anni faz questão de ressaltar o apoio da Unoesc Chapecó durante todo o processo, especialmente o suporte da professora orientadora Sayonara Teston.
— A Universidade ofereceu auxílio nas etapas do processo, na comunicação junto a setores internos e com a CAPES. Esse incentivo à internacionalização demonstra o comprometimento da Unoesc com a qualidade da formação dos seus doutorandos e com o fortalecimento da pesquisa científica — afirma.
O professor Lucas também ressaltou que a Unoesc ofertou o apoio necessário, e a aprovação foi comemorada junto ao orientador e à diretoria.
— Eles se mostraram abertos desde o primeiro momento a qualquer situação que precisasse para o processo do doutorado sanduíche.
Conforme a professora Sayonara, entre as ações previstas para aumentar o número de estudantes e docentes com vivência internacional está a ampliação de acordos de cooperação com universidades estrangeiras, programas de intercâmbio e eventos que promovam a internacionalização.
— A Unoesc busca parcerias com agências de fomento nacionais e internacionais, além de fomentar uma cultura institucional que valoriza experiências acadêmicas internacionais para estudantes e docentes — enfatiza.
Para Anni, a vivência será uma oportunidade de estabelecer redes de colaboração futuras.
— Viver uma experiência acadêmica no exterior exige planejamento, paciência e resiliência, mas os aprendizados são imensuráveis. Acredito que é uma jornada de crescimento pessoal e profissional que nos torna, além de pessoas melhores, pesquisadores mais curiosos, flexíveis e completos — salienta.