Unoesc apoia projeto de sustentabilidade desenvolvido por estudantes de Água Doce
Publicado em 01/08/2023
Por Unoesc

A Escola de Educação Básica Ruth Lebarbechon, de Água Doce, é destaque com um projeto que promove a sustentabilidade e repensa o consumo do plástico. A iniciativa envolve alunos do Ensino Médio, que desenvolveram um biofilme biodegradável a partir da pectina extraída do mesocarpo da goiabeira-serrana. Eles também produziram um biocurativo para utilização em queimaduras e ferimentos leves.
O projeto, que teve início em 2022, com pesquisas de campo, bibliográfica e de experimentação, tem a parceria da Unoesc, que disponibiliza os laboratórios para a testagem das propriedades mecânicas do protótipo. Outro apoiador é o Centro de Inovação do Vale do Rio do Peixe (Inovale).
De acordo com a orientadora do projeto, Janete Aparecida Rodrigues, a goiaba-serrana é rica em nutrientes e tem uma variedade de compostos bioativos, como propriedade e capacidade antioxidante, antifúngica e antibacteriana. Assim, quando colocado sobre a ferida, o biocurativo favorece na absorção de umidade e na desidratação das bactérias presentes, fazendo a junção rápida dos tecidos e cicatrizando pequenos ferimentos.
— A Unoesc, enquanto universidade comunitária, apoia projetos que refletem em benefícios à sociedade. Seguimos com a nossa missão, de contribuir para o desenvolvimento das regiões — ressalta o pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação, Extensão e Inovação, professor Kurt Schneider.
Etapas
O projeto relacionado ao biofilme e ao biocurativo está dividido em várias etapas, que vão desde a preparação das sementes e o estudo do processo de plantio da goiaba, pesquisas das referências teóricas e artigos sobre o tema, experimentos em laboratório do biofilme e biocurativo, produção da farinha da casca da goiaba e extração da pectina a partir do mesocarpo da fruta.
Para a produção dos biofilmes foram utilizados 22 ml de água destilada, 25 ml de pectina caseira e 2,5 g de farinha de goiaba. Os ingredientes foram levados ao fogo por cinco minutos a 90ºC. Depois de fria, a mistura foi colocada em uma estufa digital para a secagem durante três dias a 25ºC.
Os protótipos foram testados para avaliar o comportamento do material e suas propriedades químicas e mecânicas. Nos testes da água, o biofilme teve durabilidade de 12 horas e nos testes de decomposição no solo, o produto levou, em média, 24 horas para iniciar a decomposição.
(Texto com informações de Paula Gabiatti, Educa SC)