Pesquisa da Unoesc é modelo para estudos em Centro Universitário
A Unoesc, Campus de São Miguel do Oeste, recebeu na última sexta-feira, 16, na sala de reuniões do campus, a visita de representantes do Centro Universitário Barriga Verde (Unibave) para uma conversa sobre projetos de pesquisas desenvolvidos pela Unoesc com o auxilio da 2ª Promotoria da Justiça da Comarca de São Miguel do Oeste. Participaram […]
Publicado em 20/03/2012
Por Unoesc
A Unoesc, Campus de São Miguel do Oeste, recebeu na última sexta-feira, 16, na sala de reuniões do campus, a visita de representantes do Centro Universitário Barriga Verde (Unibave) para uma conversa sobre projetos de pesquisas desenvolvidos pela Unoesc com o auxilio da 2ª Promotoria da Justiça da Comarca de São Miguel do Oeste.
Participaram da reunião o diretor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão, Evelácio Roque Kaufmann; a coordenadora do curso de Educação Física e dos projetos, Andrea Jaqueline Prates Ribeiro; a acadêmica da 7ª fase de Arquitetura e Urbanismo, Diana Ludwig e os representantes da Unibave, coordenador do Centro de Recreação e Lazer, Luiz Antônio Scopel e o professor do curso de Engenharia Civil, Carlos Francisco de Oliveira Souza.
Durante o encontro foram apresentados os métodos e resultados obtidos pelas pesquisas sobre “Acessibilidade”, desenvolvidas por acadêmicos da Unoesc, o propósito foi o de esclarecer dúvidas dos representantes da Unibave, Centro Universitário que faz parte do sistema Acafe de ensino.
De acordo com o professor de Engenharia Civil do Centro Universitário Barriga Verde, a visita da instituição é uma sugestão do Ministério Público da Comarca de Orleans.
– A iniciativa da visita surgiu do Ministério Público do município de Orleans, que por meio de reunião com a reitoria da nossa universidade lançou a proposta sobre a possível implantação dos projetos realizados pela Unoesc. O propósito é para que conhecêssemos alguns detalhes e métodos utilizados no projeto a fim de abrir um caminho de contato com a Unoesc, para que o projeto seja implantado lá em Orleans –conclui.
O professor ainda ressaltou que a cidade de São Miguel do Oeste é bonita e já demonstra lugares adaptados.
– Achei a cidade de vocês muito bonita e parece que o centro urbano já está adaptado, após as pesquisas realizadas. É esse sentido de mudança que buscamos para nossa cidade – salienta.
Pesquisas
Segundo a coordenadora de Educação Física e dos projetos, Andrea Jaqueline Prates Ribeiro, já foram desenvolvidos cinco projetos com o tema “Acessibilidade”.
O primeiro projeto teve início em março de 2009, quando a Unoesc realizou o projeto: “Diagnósticos das condições de acessibilidade para portadores de deficiência ou com mobilidade reduzida nos municípios de Bandeirante, Barra Bonita, Guaraciaba, Paraíso e São Miguel do Oeste”. A pesquisa foi realizada por solicitação do Ministério Público Estadual e Federal por meio da 2ª Promotoria da Justiça da Comarca de São Miguel do Oeste e da Procuradoria da República do município.
Na época, foram avaliados 67 estabelecimentos púbicos situados nas áreas centrais dos cinco municípios, constatando-se que apenas um local estava totalmente adequado às exigências da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
A segunda pesquisa avaliou espaços públicos, restringindo-se apenas ao município de São Miguel do Oeste, obtiveram-se dados da pesquisa que apontaram que a maioria das edificações não estavam adaptadas às normas e regulamentos da ABNT. O terceiro trabalho avaliou 23 escolas e centros de ensino públicos, privados e municipais, encontrando um percentual acima de 50% de inadequação.
A quarta pesquisa avaliou áreas públicas de esporte e de lazer em São Miguel do Oeste, e o quinto projeto, com o início da pesquisa marcada para maio deste ano, avaliará espaços de alimentação como restaurantes, padarias, supermercados e sorveterias.
Participação de acadêmicos
A acadêmica da 7ª fase do curso de Arquitetura e Urbanismo da Unoesc, Diana Ludwig é quem está dando andamento ao último trabalho de pesquisa em São Miguel do Oeste. Segundo a pesquisadora, os projetos são desenvolvidos levando em conta normas e diretrizes da ABNT e da lei NBR 9050 que serve de base para o processo.
– Este trabalho também está sendo desenvolvido a pedido do Ministério Público. Temos o auxílio de um representante do MP que irá acompanhar em locais onde houver dificuldade para a realização das coletas dos dados para a pesquisa – comenta.
Os dados são coletados por meio de registros fotográficos, checklist, uma relação de todos os quesitos avaliados na pesquisa, além da realização de entrevistas. Segundo a acadêmica Diana Ludwig:
– após a conclusão do relatório, o mesmo será encaminhado ao Ministério Público que tomará as medidas cabíveis – destaca.
A acadêmica ressalta que além da pesquisa se trabalha com a conscientização das pessoas sobre as normas de acessibilidade.
– Adequar os espaços é importante também para que pessoas sem deficiências disponham de espaços que evitem quedas e outros problemas. Precisamos também mostrar que não são apenas pessoas com problemas de visão ou cadeirantes que precisam de acessos adequados. As adaptações também são de utilidade para mulheres grávidas, com carrinhos de bebês e pessoas que sofreram alguma fratura ou com mobilidade reduzida – reforça.