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Notícia Seminário Graduação Joaçaba

Evento promovido pelo curso de Nutrição alerta para riscos do excesso de ferro no organismo


O curso de Nutrição da Unoesc Joaçaba promoveu, no dia 2 de junho, um encontro para discutir a hemocromatose, condição provocada pelo excesso de ferro no organismo. O evento foi realizado no Auditório Jurídico do campus 1 e foi aberto à comunidade. A atividade destacou a importância do diagnóstico precoce e da abordagem multiprofissional para o enfrentamento da doença.

A programação contou com a participação da médica hematologista e hemoterapeuta Andrea Thives de Carvalho Hoeprs, que conduziu a palestra “Hemocromatose: quando o ferro se torna tóxico – entenda a sobrecarga e os riscos”. Em sua fala, ela abordou os impactos do acúmulo do mineral no organismo, como os prejuízos ao fígado, coração, pâncreas e hipófise, e os efeitos indiretos em funções hormonais. A especialista também chamou a atenção para o caráter genético da hemocromatose e do impacto de fatores externos para a manifestação da sobrecarga de ferro. Por exemplo, a importância de grupos de risco e em quem já tem a sobrecarga de não consumir alimentos com a adição de ferro.

— Quando o excesso de ferro não é identificado a tempo, pode antecipar doenças que surgiriam décadas depois. Os sintomas podem ser inespecíficos, como fadiga e dores articulares, e por vezes confundidos com outras doenças. Muitas vezes, o diagnóstico ocorre apenas em exames de rotina, com alterações nos níveis de ferritina e saturação de transferrina. A informação é uma das principais formas de prevenção – destacou a médica.

Logo após a palestra, foi realizada uma roda de conversa com profissionais das áreas de Medicina, Enfermagem e Nutrição. O debate ampliou a discussão a partir de casos clínicos, propondo estratégias de atuação integradas para a detecção precoce e o cuidado adequado com os pacientes.

A coordenadora do curso de Nutrição da Unoesc, professora Cristiane Manfé Pagliosa, ressaltou a relevância do evento, alinhado à campanha internacional de conscientização promovida na primeira semana de junho.

— Em diversos países, a sobrecarga de ferro já é considerada um problema de saúde pública. No Brasil, temos observado um número crescente de casos e, diante disso, entendemos a importância de trazer esse tema para a nossa comunidade. O ferro em excesso não torna ninguém mais forte, pelo contrário, é tóxico, e por isso nosso objetivo foi conscientizar e alertar para sinais que muitas vezes passam despercebidos – pontuou a professora.

 

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