Estudantes de Arquitetura e Urbanismo participam de Hackathon com desafios reais de empresas

A programação do “9º Simpósio Integrado das Engenharias e Arquitetura da ACET”, da Área das Ciências Exatas e Tecnológicas, realizado com o tema “Movendo ideias e iluminando soluções”, incluiu um “Hackathon”, atividade que desafiou estudantes a resolverem problemas reais apresentados por empresas da região.

O evento contou com a participação das empresas Baterias Pioneiro e Irani Papel e Embalagem, que apresentaram situações do dia a dia de seus processos produtivos para que os estudantes desenvolvessem soluções inovadoras. Durante dois dias intensos de trabalho, seis equipes formadas por estudantes das Engenharias e de Arquitetura e Urbanismo se dedicaram à criação e apresentação de propostas.

Segundo o professor João Henrique Bagetti, que foi um dos organizadores do simpósio e do “Hackathon”, a proposta foi aproximar os estudantes de situações concretas do mercado.

— Neste ano, quisemos ir além e trazer as empresas para apresentarem desafios reais. O mais interessante é que os estudantes, por estarem fora da rotina das empresas, conseguiram enxergar o que quem vive o processo todos os dias às vezes não vê. Isso gerou ideias criativas e resultados muito relevantes — destacou.

A empresa Irani apresentou um desafio voltado à economia circular e sustentabilidade, estimulando o pensamento criativo sobre o uso pós-consumo de embalagens de papelão.

— Queríamos que os estudantes pensassem além da função tradicional da caixa de transporte. Eles surpreenderam, trazendo soluções tecnológicas, ideias de reutilização e novas possibilidades de aplicação do material. Foi gratificante ver o quanto eles conseguiram inovar — afirmou Paloma Parisotto, assistente técnica e egressa do curso de Engenharia Química da Unoesc.

De acordo com Flávio Henrique Silva Grilo, supervisor de melhoria contínua da Baterias Pioneiro, que apresentou um desafio voltado ao processo produtivo, o “Hackathon” proporcionou uma troca valiosa entre o setor produtivo e o meio acadêmico.

— Trazer um problema real para o ambiente universitário, mostra ao estudante o que ele encontrará fora da sala de aula. É uma vivência prática que conecta teoria e aplicação. O futuro da indústria está dentro da universidade — afirmou.

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) foi parceiro da iniciativa, reforçando a importância de conectar o empreendedorismo à formação acadêmica.

— O Hackathon faz o estudante enxergar no problema uma oportunidade. Mesmo que ele atue dentro de uma organização, leva consigo o espírito empreendedor, fundamental para criar soluções inovadoras. A Unoesc tem avançado muito nesse sentido, incentivando que novas ideias surjam a partir da sala de aula — destacou o gerente regional do Meio-Oeste, Aloisio Salomon.

Ao final, após avaliação de representantes das empresas participantes e de professores da Unoesc, as equipes vencedoras “Inova Caixa” e “Catalisadores” foram premiadas com troféus.