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Graduação

Escolas entendem Prova Brasil como ferramenta de fiscalização

Um levantamento realizado por um dos grupos de trabalho de um projeto de pesquisa do Programa de Mestrado em Educação da Unoesc mostrou que a Prova Brasil, aplicada a alunos dos últimos anos das séries iniciais e finais do Ensino Fundamental em todo o país, é entendida mais como uma ferramenta de fiscalização do que […]


Um levantamento realizado por um dos grupos de trabalho de um projeto de pesquisa do Programa de Mestrado em Educação da Unoesc mostrou que a Prova Brasil, aplicada a alunos dos últimos anos das séries iniciais e finais do Ensino Fundamental em todo o país, é entendida mais como uma ferramenta de fiscalização do que como um elemento de diagnóstico da situação que a escola está vivendo. Como consequência, a realização da prova na escola gera um clima de tensão para a direção, professores e alunos, podendo influenciar no desempenho final dos estudantes.
                              
Uma síntese do levantamento efetuado junto às escolas da mesorregião Oeste de Santa Catarina foi apresentada na última segunda-feira (26), durante reunião de trabalho dos pesquisadores e bolsistas do projeto “Indicadores de qualidade do Ensino Fundamental na mesorregião Oeste de Santa Catarina”, que integra o Observatório da Educação (programa desenvolvido pela Capes em parceria com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) e a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (SECADI) do Ministério da Educação).
 
Conforme a professora Dra. Marilda Pasqual Schneider, professores e alunos têm se mostrado preocupados com os resultados da Prova Brasil, em função de que eles integram o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), o que leva os pesquisadores a refletirem sobre os significados e simbologias desta avaliação que deveria servir de diagnóstico para as ações relativas à melhoria da qualidade da educação.

– Observou-se que a centralidade da escola tem sido mais a de melhorar o resultado do Ideb do que o processo de ensino-aprendizagem – avalia Marilda.
 
 O estudo foi realizado em novembro de 2011, a partir do acompanhamento da realização da Prova Brasil nas escolas que integram a amostra da pesquisa “Indicadores de qualidade do Ensino Fundamental na mesorregião Oeste de Santa Catarina”.

Planejamento de atividades

O encontro com todos os pesquisadores e bolsistas do projeto de pesquisa, realizado na última segunda-feira, também serviu para que a equipe fizesse um balanço das atividades planejadas e executadas em 2011, como também para que planejasse as tarefas que devem ser executadas nos próximos meses. Isso ocorreu no período da manhã.
 
À tarde, as equipes de trabalho se reuniram para atividades relacionadas à parte operacional da pesquisa e uma oficina sobre preenchimento do Currículo Lattes. À noite, o grupo de pesquisadores e bolsistas participou de uma sessão de estudos sobre o livro “Avaliação educacional: caminhando pela contramão”, cujo assunto está diretamente ligado ao objetivo do projeto de pesquisa.
 
– Os encontros de pesquisadores e bolsistas ocorrem periodicamente e constituem momento não apenas de avaliação do projeto, mas de estudo e apresentação de dados das atividades já realizadas – explica a professora Dra. Marilda Pasqual Schneider.

Ela acrescenta que esses momentos são importantes principalmente por manter a equipe de pesquisadores e bolsistas articulada em torno dos objetivos da pesquisa, por alimentarem as discussões sobre o tema estudado e por afinarem o diálogo e os encaminhamentos teórico-práticos do grupo.

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