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Notícia Evento Saúde São Miguel do Oeste

Unoesc São Miguel promove reflexões sobre saúde da população negra e bioética


A Unoesc São Miguel do Oeste promoveu, na segunda-feira (8), um evento alusivo ao Dia Mundial da Saúde, celebrado em 7 de abril. A atividade envolveu os estudantes dos Cursos de Biomedicina, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Nutrição, Odontologia e Psicologia, com o intuito de enriquecer o debate sobre importantes temas na área da saúde.

A professora do Curso de Direito da Unoesc São Miguel do Oeste, Daniela Zilio, abordou questões éticas e jurídicas relacionadas à “Bioética na área da saúde”, estimulando reflexões críticas sobre temas como eutanásia, cuidados paliativos, quebra de sigilo, respeito à autonomia do paciente e ética nos procedimentos.

Um dos pontos centrais da palestra foi a sensibilização para a importância do respeito aos direitos individuais e à dignidade humana em todas as práticas de saúde. Além disso, foram discutidas questões éticas relacionadas à doação de órgãos e tecidos, ressaltando a relevância desse ato para salvar vidas e melhorar a qualidade de vida de muitos pacientes. O Coordenador do Curso de Enfermagem, Joel Morschbacher, ressalta a importância da bioética na formação dos estudantes.

— Palestras como esta permitem aprofundar reflexões cotidianas dos serviços em saúde, sendo fundamental para garantir a melhor assistência, conduta e qualidade de vida. Conhecendo as nuances de assuntos ligados à bioética, o profissional da saúde terá mais elementos para conduzir as análises, compreensão e gestão de conflitos, sempre que necessário, com enfoque interdisciplinar e transdisciplinar. Na formação de recursos humanos na Universidade, o agir dos profissionais prezando pela saúde, pelo acolhimento, pela vida e pela dignidade, pelo respeito, promovem um processo contínuo de informação e de crescimento dos valores e princípios éticos, morais e humanos — destaca Morschbacher.

Em seguida, o assessor técnico da Coordenação de Atenção à População Negra do Ministério da Saúde, Jorge Senna, apresentou dados e reflexões na palestra intitulada “A saúde da população negra no Brasil”, destacando os desafios enfrentados e as políticas de saúde. Senna mostrou os índices do IBGE de 2022, que apontam que a população negra é predominante no Brasil, sendo 55,9% autodeclarada negra. Santa Catarina é o Estado com a menor população negra, com 11,7%. Também frisou fatores que interferem no estado de saúde e doença, sendo forte a influência de determinantes sociais, que por questões históricas, barram acessos e acessibilidades de serviços de saúde para a população negra brasileira.

Senna enfatizou que, para o Brasil sanar essas injustiças sociais e raciais, foi criada a Política Nacional de Atenção a Saúde da População Negra que visa reduzir vulnerabilidades em saúde e aumentar as oportunidades e condições de vida e de trabalho. A mesma Política visa garantir os três pilares doutrinários do Sistema Único de Saúde (SUS) os quais são a universalidade, a integralidade e a equidade.

— Com essa Política colocada em prática, busca-se reduzir a precocidade de óbitos, a alta mortalidade materno infantil e a prevalência de doenças infecciosas e crônicas — reforça o palestrante.

O evento proporcionou aos estudantes uma oportunidade única de aprofundar seus conhecimentos sobre questões fundamentais na prática profissional na área da saúde, além de promover a reflexão sobre o papel dos profissionais de saúde na promoção da equidade e no respeito aos direitos individuais e à dignidade humana.

Durante as palestras, as discussões estimularam reflexões profundas entre os participantes. Como destaca Mônica Locatelli, estudante do Curso de Psicologia.

— As falas dessa noite evidenciaram questões de saúde que, como futuros psicólogos, devem ser estudadas à luz da ética e da moral do biodireito. Da mesma forma, a importância de aplicarmos um olhar qualificado e subjetivo na atenção à saúde da população negra, diante do contexto histórico e cultural vivenciado, também foi enaltecida — finaliza Mônica.

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